quinta-feira, 27 de agosto de 2015

12x25


«no céu, não se ouve o farfalhar das poucas árvores na planície. Olímpia, de olhos fechados, parece estar longe dali e morde-lhe suavemente a polpa de uma orelha e ouve-se a sua respiração opressa, os lábios roçando-lhe a nuca, com o seu bafo morno e apetecido. de súbito, o braço que tenta enlaçar-lhe o busto, nervoso e precipitado, bate no candeeiro de petróleo que se encontra em cima da mesa. O candeeiro cai em estilhas. O estrondo dos bocados de vidro, a chama bravia da torcida no meio do chão da casa,»

Antunes da Silva, suão, Lisboa, Portugália Editora, 1960, p. 25, ls. 1-12. 


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