Apesar do seu estado de espírito animoso, Manuel da Bouça ensombreceu de novo ao meter pelo carreiro aberto na relva, que ligava o aglomerado da aldeia à sua casa, solitária entre os campos. As preocupações e a força de vontade que vinha despendendo davam-lhe uma expressão fatigada e melancólica.
Amélia, ao vê-lo atravessar a cancela, coxeando, perguntou, alvoroçada:
-- Que tens? Que te aconteceu?
-- Nada. Foi um espinho. Não é coisa de monta.»
Ferreira de Castro, Emigrantes (1928), 24.ª ed., Lisboa, Guimarães Editores, 1988, p. 25, ls. 1-12.
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