terça-feira, 29 de abril de 2014

estúpidos-em-flor

«ADIVINHAÇÃO, n. Arte de meter o nariz  no oculto. Há tantas espécies de adivinhação quanto variedades frutíferas de estúpidos-em-flor e de cretinos-precoces.»

Ambrose Bierce, Dicionário do Diabo (1911).
tradução: Rui Lopes

domingo, 27 de abril de 2014

Um livro deve conter em si a sua própria apologia.

«Il serait hors de propos de chercher, dans cette Introduction, à justifier en détail mon dessein. Un livre doit porter son apologie en lui-même.»

Marc Bloch, Les Rois Thaumaturges (1924)

sábado, 26 de abril de 2014

profanar um poema

«Ao assobio dum pássaro -- seria um pássaro? -- o alferes, uma vez mais, deu-se a profanar um poema entredentes. Eram versos de Sédar Senghor que gerações sucessivas de oficiais universitários haviam virado do avesso: J'écoute le chant de l'Afrique lointaine et le chant de ton sang, j'écoute le sang de l'Afrique prochaine et le saint de ton sang, j'écoute le son de l'Afrique putaine et le chant de ton sein...

Mário de Carvalho, Era uma Vez um Alferes (1989)

sexta-feira, 25 de abril de 2014

repostagens -- PORTUGAL, HOJE: O MEDO DE EXISTIR



[Também li*] o livro do José Gil. Tudo o que lá está, está certo, sem exageros quanto à herança do salazarismo, nomeadamente o papel do medo na nossa sociedade. Mas também não há nada de novo. Tudo quanto de substancial o livro traz, há décadas que tem sido dito e redito por muita gente, designadamente a questão do medo e da nossa mediocridade colectiva, tratada em ditadura corajosamente por gente como o Ferreira de Castro ou os primeiros surrealistas. Com a vantagem de que o foi num português mais escorreito, sem este desagradável sotaque francês do Portugal, Hoje -- O Medo de Existir. De qualquer modo, é sempre salutar expor as nossas misérias ao sol.

20.IV.2005 
*título do post original

Ficha:
Autor: José Gil
título: Portugal, Hoje -- O Medo de Existir
edição: 5.ª (1.ª, 2004)
colecção: «Argumentos»
editora: Relógio d'Água
local: Lisboa
ano: 2005
impressão: Rolo & Filhos, Mafra
págs.: 142

quinta-feira, 24 de abril de 2014

leituras de 2014 - #22 FUTURISMO


Como obra geral de divulgação, dificilmente poderá haver melhor (e já nem falo do preço acessível e do bom papel): uma introdução competentíssima sobre o contexto histórico-cultural, uma cronologia selectiva, análise de cada obra segundo o mesmo critério, com frequentes confrontos com outros espécimes de correntes contemporâneas, recurso a documentação fotográfica. O único senão, no melhor pano, para a ausência de uma linha sequer sobre a autora.
Independentemente das ideias detestáveis de Marinetti (1876-1944), o Futurismo foi um dos mais influentes movimentos de vanguarda artística de há cem anos. O autor do primeiro Manifesto (1909) foi de tal maneira impetuoso e excessivo -- aqui, no melhor sentido --, que dificilmente poderia o Futurismo permanecer para além dele. Aliás, o Futurismo é filho da ciência e da técnica, do deslumbramento dos homens com a revolução que se estava a processar diante dos seus olhos e durante as suas existências, do automóvel ao aeroplano, das máquinas de guerra às criaturas mecânicas proto-robóticas. Dinamismo é uma das palavras-chave; e alguns dos membros do grupo foram artistas totais: da literatura às artes plásticas, do cinema à fotografia, da música à arquitectura e ao design. Com Marinetti surgem outros autores marcantes, entre outros, Giacomo Balla, Carlo Carrà, Luigi Russolo e, especialmente, a meu ver, Umberto Boccioni.   5*****

Ficha:
Autora: Sylvia Martin
título: Futurismo
tradução: André Macedo
colecção: [sem designação] #6
editora: Taschen / Público
local: Colónia
ano: 2005
impressão: omisso
págs.: 96

terça-feira, 22 de abril de 2014

leituras de 2014 - #21 O PRÍNCIPE NABO

Na Páscoa, acompanhei a minha filha mais nova na leitura desta peça maravilhosa em três actos, obra recomendada para o programa de Português do 5.º ano. Conta-nos a história da princesa Beatriz, mimada e insolente, que rechaça e humilha todos os príncipes pretendentes. De tal forma, que o pai, o Rei do Castelo da Abundância jura entregá-la ao primeiro que passar, fosse príncipe, músico ou pobre de pedir. E assim sucedeu, após a tentativa gorada do Príncipe Austero, crismado pela arrogante Beatriz como "Príncipe Nabo da Nabolândia", inspirando-se no queixo proeminente do pobre candidato: pouco tempo passado, um músico itinerante, António, de seu nome, que cantava de corte em corte, surge no Castelo da Abundância, e o monarca cumpre o prometido, entregando-lhe a mão de sua filha, fazendo orelhas moucas aos protestos, à baba e ao ranho... Uma nova vida de trabalho e privação começará para a agora desafortunada jovem. O que a Princesa não sabe, tal como não o sabem os leitores/espectadores é que António era o Príncipe Austero disfarçado, que ouvira a jura do Rei após o episódio embaraçoso de rejeição que protagonizara. É claro que tudo se irá resolver, a contento de todos e a benefício da moral que Ilse Losa pretendeu extrair do seu texto. Através do trabalho árduo e de várias lições de humildade, o dia em que Beatriz estará madura para conhecer a verdade chegará.   4****

Ficha
Autora: Ilse Losa
título: O Príncipe Nabo
colecção: «Tretas & Letras» #27
editora: Edições Afrontamento
edição: 5.ª
ano: 2014
impressão: Rainho & Neves, Santa Maria da Feira
págs.: 63
ilustrações: Manuela Bacelar   

4 ou 5 págs.: ASSUNTA -- UMA HISTÓRIA

O homem que fez com que eu redescobrisse o gosto pela literatura de viagens -- ou, melhor: que me mostrou que a viagem enquanto narrativa é algo que ainda pode fazer sentido neste tempo (que já nem é bem o seu, mas isso é outro assunto...) --, Bruce Chatwin (19140-1989) e Na Patagónia, inicia aquele que seria o seu último livro, O que Faço Eu Aqui?, na cama de um hospital inglês. Embora a sua morte tenha sido atribuída a um vírus exótico contraído num dos muitos périplos que realizou, soube-se, anos mais tarde, que morrera vítima de sida.
Livro deliciosamente híbrido, as qualidades literárias de Chatwin, poder de observação, humor discreto e cultura vasta, são-nos oferecidas generosamente.
Assunta é uma empregada de limpeza do hospital, italiana casada com britânico, que o escritor doente acolhe sempre com júbilo no quarto, ao qual empresta um "um calor bem meridional" -- um escape à monotonia gélida, mesmo quando febril, daquela atmosfera asséptica e deprimente. Hoje, Assunta queixa-se duma vizinha, que, entre a multidão de animais domésticos que alberga em casa, paredes meias com a sua, figura uma pitão ou jibóia, a "Puppet" ("Boneca") -- que o sotaque latino de Assunta muda para "Poppet"... O bicho saíra de casa e refugiara-se na casota de jardim da transida empregada.

O incipit - «O que faço eu aqui?»
Um parágrafo: «-- Sr. Bruce... É a vizinha do lado... Uma mulher diabólica... Os meus filhos brincam no jardim e ela grita: "Os seus filhos fazem muito barulho. Meta-os dentro de casa.». Ela não acredita em Deus nem em nada... Abortou duas vezes... Só gosta de animais... Tem cão... Tem gato... Tem coelhos... e tem Poppet...»

Bruce Chatwin, O que Faço Eu Aqui [1989], tradução de José Luís Luna, Lisboa, Quetzal Editores, 1993, pp. 11-12.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

leituras de 2014 - #20 DISCURSOS VÁRIOS POLÍTICOS


Publicado em 1624, ainda sob a dinastia dos Felipes, os Discursos Vários Políticos do chantre da Sé de Évora Manuel Severim de Faria (1583-1655) são um exemplo brilhante de estilo acutilante e erudição larga da literatura portuguesa de ideias do século XVII. 
O livro é composto por quatro discursos (ensaios), entremeados pelas biografias de João de Barros, Luís de Camões e Diogo do Couto.
«Do muito que importará para a conservação e aumento da monarquia de Espanha, assistir sua majestade com sua Corte em Lisboa.» é um notável sublinhado do valor estratégico da capital portuguesa como cabeça do império dos Habsburgos; 
«Das partes que há-de haver na linguagem para ser perfeita, e como a Portuguesa tem todas e algumas com eminência de outras línguas.» é um saboroso ensaio e louvor ao nosso idioma, à sua riqueza e à preeminência que, segundo o autor, granjeia sobre as outras línguas novilatinas;
O Discurso  seguinte, «Com que condições seja Louvável o Exercício da Caça.» é um breve e divertido apanhado de prós e contras da actividade venatória, concluindo Severim que a caça é lícita se tiver a justificá-la a necessidade; e mesmo enquanto recreio do senhores poderá continuar a sê-lo, se praticada com moderação;
O Discurso Quarto, «Sobre a origem, e grande antiguidade das vestes, que usa por hábito Eclesiástico o Clero de Portugal», realça a velha ligação da Igreja portuguesa a Roma, mais apertadamente observada no trajo e no cerimonial do que acontecia ao tempo na própria Itália. 
Com excepção do discurso sobre a caça, todos estes textos têm, directa ou indirectamente, um escopo de exaltação patriótica -- como, aliás, bem viu Vasco Graça Moura na sua tão curta quanto sólida "Apresentação". Exaltação prudente, embora clara, com louvores ao monarca reinante e, por mais de uma vez, as melhores (e justas) palavras para o grande monarca da dinastia, Felipe II, o Prudente, a quem nunca deixa de, portuguesmente, designar por "D. Felipe I". Portugal é pois claramente tratado como país claramente distinto na Espanha, embora governado por um mesmo soberano.   5*****

Ficha
Autor: Manuel Severim de Faria
título: Discursos Vários Políticos
colecção: «Os Grandes Clássicos da Literatura Portuguesa»
direcção: Vasco Graça Moura
editora: Planeta deAgostini
local: Lisboa
ano: 2005
impressão: Cayfosa, Barcelona
págs.: 191

sábado, 12 de abril de 2014

4 ou 5 págs. - ELOGIO DO SUBÚRBIO

Criar um mundo num mínimo de espaço com um máximo de literatura é atributo dos grandes cronistas, e António Lobo Antunes é um deles.
Esta é a primeira do primeiro Livro de Crónicas, e o subúrbio  de que fala é Benfica em finais de 1940 inícios de 1950, um lugar recuado da Lisboa de então, fronteira do que, a partir da década seguinte se tornaria, de facto, o subúrbio, com toda a carga que a palavra ganhou.
E nesse país que é a infância -- como escreveu Saint-Éxupéry --, os vizinhos eram característicos, os comerciantes castiços, os amigos eram filhos desse povo que vivia na periferia. Era aí que se iniciava a camaradagem no desporto (no Futebol Benfica) e se começava a olhar de esguelha para as mulheres, as boas mulheres dos outros, inacessíveis a bicos imberbes; era o tempo da clandestinidade dos cigarros, como dos primeiros versos. 
Um país que agora só existe na memória do cronista, sepultado pelos prédios de habitação, do qual só resta um vestígio vegetal, a acácia da quinta da família, ao pé da qual ele, querendo, continua a ouvia a chamada da mãe para o jantar.

Incipit. «Cresci nos subúrbios de Lisboa, em Benfica, então quintinhas, travessas, casas baixas, a ouvir as mães chamarem ao crepúsculo
     -- Víííííííítor
     num grito que, partido da Rua Ernesto da silva, alcançava as cegonhas no cume das árvores mais altas e afogava os pavões no lago sob os álamos.»
Um parágrafo: «O dono da Farmácia união jogava o pau, a esposa do proprietário da farmácia Marques era uma grega sumptuosa de nádegas de ânfora e pupilas acesas, que me faziam esquecer a mulher de Sandokan ao vê-la aos domingos a caminho da igreja, o sineiro a quem chamavam Zé Martelo e que tocava o papagaio Loiro  na Elevação da missa do meio-dia em vez do A treze de Maio obrigatório, possuía uma agência funerária cujo prospecto-reclame começava «Para que teima Vossa Excelência em viver se por cem escudos pode ter um lindo funeral?», e eu escrevia versos nos intervalos do hóquei, fumava às escondidas, uma das minhas extremidades tocava Jesus Correia e a outra Camões, e era indecentemente feliz.»

António Lobo Antunes, Livro de Crónicas, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1998, pp. 13-15.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

"a venda dos vizinhos mais fracos"

«No século XIX o reino do Daomé era uma Esparta negra entalada as tribos Yoruba da nigéria actual e as tribos Ewe do Togo. os seus reis tinham cicatrizes de garras nas têmporas e eram descendentes duma princesa de Adja-Tado e do leopardo que a seduziu nas margens do rio Mono. O povo chamava-lhes «Dada», que em fon quer dizer «pai». Os seus regimentos mais ferozes eram constituídos por mulheres e a sua única fonte de rendimentos era a venda dos vizinhos mais fracos.»
Bruce Chatwin, O Vice-Rei de Ajudá (1980).
tradução: Carlos Leite

quinta-feira, 10 de abril de 2014

leituras de 2014 - #19 O ELÉCTRICO 16



Narrativa habilmente entretecida entre passado e presente, fluindo à medida dessa Helena comedida, mas de ideias firmes, oriunda da pequena burguesia lisboeta. O tempo é o dos últimos sessenta anos, da opressão à libertação, da PIDE ao Facebook, da carência à abundância para a qual, dizem, não tínhamos possibilidades. Opressão e libertação, não apenas da cidadania, mas da própria condição da mulher portuguesa, cidadã de terceira num universo de preconceito e tabus, ontem; emancipada, em boa medida, hoje -- inclusivamente na sexualidade, de que a filha, Yolanda, é exemplo; ou, ainda, o mundo novo da net, protagonizada por Joana, em paternalista interacção com a avó.
Na noite de mediocridade e pobreza (também moral) que foi o Estado Novo, Delgado foi o fogo-fátuo que a iluminou brevemente, para desaparecer de imediato -- excepto na memória de todos quantos viveram aquele período de ilusão.
O Eléctrico 16 é igualmente um relato dos amores possíveis, os que se efectivaram, uns na carne, no espírito, outros, sabendo-se que os vários homens e mulheres que existem dentro de nós nunca se conformam com a domesticação que a (des)razão e a civilidade impõem. 3***

Filomena Marona Beja, O Eléctrico 16, Lisboa, Divina Comédia, 2013.

terça-feira, 8 de abril de 2014

...por vezes

«ABOMINÁVEL, adj. A qualidade das opiniões dos outros.»
Ambrose Bierce, Dicionário do Diabo (1906)
tradução: Rui Lopes

domingo, 6 de abril de 2014

leituras de 2014 - #18 ARMAZÉM CENTRAL, t. 1 - MARIE

Creio que Armazém Central foi a última grande narrativa de BD que descobri -- há uns anos, nas páginas da BoDoï.
Primeiro volume de um trilogia, a acção deste Marie decorre nos anos de 1920, numa aldeia do Quebeque. É a história de uma viúva, Marie, forasteira em Notre Dame des Lacs, narrada pelo  marido recém-falecido, Félix Ducharme, o dono do "Armazém Central". A nova situação da prestativa Marie é o tema de eleição desse microcosmos aldeão, em que todos se conhecem, a que se junta a recém-chegada de um novo vigário, mais aberto e tolerante, mesmo para com os paroquianos desafectos à Igreja. O resto é pura vida: amores e ódios, ciúme e saudade, alegria e tristeza, festividades e funerais -- e até uma épica cena de pancadaria.
Baseada numa ideia de Régis Loisel, Armazém Central regista a dupla parceria deste com Jean-Louis Tripp -- dupla porque ambos assinam argumento e desenho --, valorizada pelas cores muito suaves de François Lapierre.
Se tivesse de escolher no máximo cinco livros de banda desenhada para a ilha deserta, esta seria certamente uma delas. 5*****

Ficha
Autores: Régis Loisel (texto e desenho) e Jean-Louis Tripp (texto e desenho); cor: François Lapierre.
título: Armazém Central
subtítulo: Marie
título original: Magazin Général -- Marie
tradução: Pedro Cleto
editora: Edições Asa
local: Porto
ano: 2007 (2006, ed. original)
impressão: omissa
págs.: 81

sábado, 5 de abril de 2014

da revolta "em abstracto"

«--Lá estamos outra vez! Que há de poético em ser-se revoltado? É como se dissesse que estar enjoado é poético. Adoecer é uma revolta. Há ocasiões em que tanto estar doente como estar revoltado é lógico, mas diabos me levem se percebo por que é isso poético. A revolta, em abstracto, é revoltante. É apenas um vómito.»
G. K. Chesterton, O Homem que Era 5.ª Feira (1908)
(tradução de Domingos Arouca) 

quinta-feira, 3 de abril de 2014

leituras de 2014 - #17 EDOI LELIA DOURA



Quando uma antologia se assume como escolha pessoal, como é o caso desta de Herberto Helder, Edoi Lelia Doura, o antologiador assume uma dimensão autoral e o poemário passará a interessar tanto pelo antologiador como pelos textos seleccionados. Restringe-se, portanto, o seu universo de partida ao da pessoa que os escolheu, que, naquilo que propõe, não se obriga a mais do que a uma coerência interna.
Herberto Helder juntou textos (poemas e outros) que comunicam entre si e ecoaram nele, comunicando-se tão fundamente  quanto o suficiente para serem desarticulados (ou não) do volume, do folheto ou da revista em que primitivamente se encerraram, ganhando, porventura, nova leitura leitura no corpus em que foram reunidos.
São dezoito vozes da "moderna poesia portuguesa" (em 1985) que atravessaram os últimos cem anos, à data desta edição, tendo como legenda um verso de uma excepcional e talvez enigmática cantiga d'amigo de Pedro Eanes Solaz.
A individualidade comum a todos manifesta-se pelo desconforto da existência, entre o estranhamento e a marginalidade, a demência e a pulsão suicidária, o negrume e a vertigem; mas também a procura da liberdade plena, a busca das palavras (im)precisas.
Neste conjunto de dezoito poetas, Fernando Pessoa avulta como um caso absolutamente à parte, sem igual na sua superioridade, como, aliás sabemos; estão-me próximas no gosto as poéticas de António José Forte, Luiza Neto Jorge e Manuel de Castro; e, de forma superlativa, Vitorino Nemésio, uma admiração antiga da minha. Foi também marcante, à época, a revelação da, até então inédita, poesia de António Gancho. 4****

Ficha
Autor / Antologiador: Herberto Helder
título: Edoi Lelia Doura
subtítulo: Antologia das Vozes Comunicantes da Poesia Moderna Portuguesa
autores antologiados: Gomes Leal, Camilo Pessanha, Ângelo de Lima, Teixeira de Pascoais, Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, José de Almada Negreiros, Edmundo de Bettencourt, Vitorino Nemésio, Carlos de Oliveira, Natália Correia, Mário Cesariny, António Maria Lisboa, António José Forte, Manuel de Castro, Ernesto Sampaio, Luiza Neto Jorge e António Gancho.
eitora: Assírio & Alvim
local: Lisboa
ano: 1985
págs.: 314
impressão: Guide-Artes Gráficas, Póvoa de Santo Adrião
capa: Manuel Rosa
tiragem: 3000


quarta-feira, 2 de abril de 2014

livros que me apetecem

no JL de hoje:

Correspondência, de Agustina Bessa Luís e José Régio (Guimarães)
História da Oposição à Ditadura -- 1926-1974, de Irene Flunser Pimentel (Figueirinhas)
Livro sem Ninguém, de Pedro Guilherme-Moreira
Mil Novecentos e Setenta e Cinco, de Tiago Patrício (Gradiva)
Uma Outra Voz, de Gabriela Ruivo Trindade (Leya)