domingo, 12 de julho de 2015

«A criação de mundos epidémicos impelia-o à continua busca de sensações imaginárias onde o espírito folgava nos cansaços da vida burguesa, de ritmo medonho e metricamente coerente»

Início de «Sonho de imaginação», de Ruben A.,texto surrealista publicado em Páginas (1949).
Ruben A., Antologia, edição de Liberto Cruz e Madalena Carretero Cruz, Lisboa, Roma Editora, 2009.

Um parágrafo:
«À noite escravizado pelos relógios deitava-se na horizontalidade tranquila de colchões aquecidos pela dúvida; -- o mundo consciente esvaía-se num caos -- era a dúvida entre a vida e o sonho, era o subconsciente misturado com espíritos vagos de desejo num adormecer sexuado pelo zimbrar da união.»

2 comentários:

  1. Penso que ainda não li nada antes do autor. Gostei.

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  2. É um extraordinário escritor. Sugiro o romance «A Torre da Barbela» ou os três volumes de memórias «O Mundo à Minha Procura». Também foi historiador, assinando com o seu nome civil, Ruben Andresen Leitão.

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