segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

12x25

Não possuo filosofia em que possa mover-me como peixe na água ou o pássaro no céu. Tudo em mim é um duelo, uma luta travada a cada minuto da vida entre falsas e verdadeiras formas de consolo. Umas não fazem senão aumentar-me a impotência e tornar-me mais fundo o desespero, outras são fonte de temporária libertação. Falsas e verdadeiras! Deveria antes dizer verdadeira, pois só existe uma

Stig Dagerman, A Nossa Necessidade de Consolo É Impossível de Satisfazer (1955), trad. Paula Castro e José Daniel Branco, 4.ª ed., Lisboa, Fenda, 2004, p. 25, ls. 1-12. 

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