quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

12x25

O senhor Coutinho pretendeu desculpar a esposa. Os negócios corriam mal, e, precisamente nesse dia, fora com muita dificuldade que conseguira juntar os 80 mil reis da despesa diária. Da falta de mercadorias era certo e sabido ressentir-se a «gaveta»...
-- O senhor Morgado não tem querido auxiliar-me... Eu sei agora dum negócio...
-- Lá me obriga novamente o senhor a recomendar-lhe prudência. As hipotecas, não? Deixe-se disso. De resto, o senhor não perde nada em empenhar-se tanto! Eu pouco mais

Assis Esperança, O Dilúvio (1932), 2.ª ed., Lisboa, Guimarães & C.ª, 1947, p. 25, ls. 1-12.

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