segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

12x25

PRIMA

Onde se chega aos pés da abadia e Guilherme dá prova de grande agudeza.


     Era uma bela manhã de fim de Novembro. De noite tinha nevado um pouco, mas a fresca camada que cobria o terreno não era superior a três dedos. Às escuras, logo depois de laudas, tínhamos ouvido missa numa aldeia do vale. Depois tínhamo-nos posto a caminho para as montanhas, ao despontar o Sol.
     Como trepávamos pelo carreiro íngreme que serpenteava em torno do monte, vi a abadia. Não me espantaram as muralhas que a cingiam por todos os lados, semelhantes a outras que vi em todo o mundo cristão, mas a mole daquilo que depois soube que era o Edifício. Esta era uma constru-

Umberto Eco, O Nome da Rosa, trad. maria Celeste pinto, Lisboa, Difel, s.d., p. 25, ls. 1-12.

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