sábado, 12 de janeiro de 2013

12x25

É profundamente injusto subsumir atitudes humanas -- em toda a sua variedade, em todos os seus cambiantes -- sob dois conceitos genéricos e polémicos como os de «apocalíptico» e «integrado». Certas coisas fazem-se porque dar título a um livro tem as suas exigências (trata-se, como veremos, de indústria cultural, mas procuraremos precisamente mostrar como este termo tem vindo a ser assumido numa acepção o mais possível descongestionada); e fazem-se também porque, se se quer elaborar um discurso introdutório aos ensaios seguintes, será preciso fatalmente identificar algumas linhas metodológicas gerais: e para definir aquilo que não se quereria fazer, revela-se cómodo tipificar até ao extremo uma série de escolhas culturais, que naturalmente seria analisadas em con-

Umberto Eco, Apocalípticos e Integrados , trad. Helena Gubernatis, Lisboa, difel, 1991, p. 25, ls. 1-12,

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