Eis senão quando o Guerreiro, o Pinto basto, o Casquilho e o Maia, meus velhos camaradas, resolvem no café, na noite de quinta-feira, fazer um assalto a Lisboa, Alta. Com a nossa farda de passeio, como bons apologistas do pacifismo armado. Coisa singular: por mais que eu quisesse afastar, por absurda, a ideia de ir de um teatro a outro à procura de Juja, esquecido dos amigos e de tudo o mais, não pude consegui-lo. Mal chegámos, porém, expus o meu intento no Portugal; fui gozado, provoquei a tosse e o Guerreiro, à saída, para demover-me, teve de recorrer ao insulto. E eu dei-lhe razão. Era realmente estúpido. Acompanhei-os. Andámos naquele
José Marmelo e Silva, Depoimento [1939], Lisboa, Edição de Fomento de Publicações, s.d., p. 25, ls. 1-12.
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