terça-feira, 25 de dezembro de 2012

12X25

crinas, atirando ao vento gargalhadas sonoras, brados selvagens, deixando flutuar os cabelos esparsos. Os amuletos e os discos refulgentes titlintavam e uma das pomas, de bico nacarado, saltara-lhe fora do corpete com a violência dum gerânio desabrochado. E ria, e ria, e sobre esta luta do poldro e da rude vagabunda, o Sol dardejava as primeiras frechas de oiro.
     -- Bate-lhe com uma vara, Ziza! -- gritou a amazona ofegante.
     O animal, vergastado, despediu em louca correria pela estrada branca, levantando nuvens de

Gabriele d'Annunzio, Terra Virgem, trad. M. L., Lisboa, Editorial Minerva, 1955, p. 25, ls. 1-12.

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