segunda-feira, 4 de março de 2013

Difícil não será visionar Cascais na época gloriosa da sua História...

Difícil não será visionar Cascais na época gloriosa da sua História, quando D. Pedro I, satisfazendo o pedido dos seus homens bons, lhe outorga, a 7 de Junho de 1364, a solicitada autonomia administrativa. Na enseada que se estendia ao longo das suas penedias, defendida por forte baluarte, baloiçavam, agitadas pela nortada ou na quietude das suas águas calmas, caravelas pescarescas ou de pescar, tão usadas já, então, no Algarve (caíques); frágeis embarcações e pequenos barcos de velame latino e triangular, que, com o rodar dos tempos, vieram a tomar o feitio das actuais canoas, lanchas e traineiras. De tempos a tempos, o pavor lançava a tristeza àquele povo bom e ordeiro. A pirataria surgia e tudo devastava. Não raro se verificaram surtidas dos Mouros e dos Normandos... e, mais tarde, das próprias galés de Veneza, quando estas não vinham comerciar devidamente autorizadas.

Ferreira de Andrade, Cascais -- Vila da Corte -- Oito Séculos de História [1964], ed. fac-similada, Cascais, Câmara Municipal, 1990.

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