Conferência proferida em 15 de Dezembro de 1972 no Museu João de Deus, evocando o filho deste, João de Deus Ramos. Alocução emotiva de alguém que fora amigo de Ferreira de Castro, desaparecido 19 anos antes, e que procurou honrar o nome e a obra do pai, materializando-a através da criação dos Jardins-Escolas João de Deus, pondo em segundo ou terceiro planos a obra própria. A propósito do autor de Campo de Flores, Castro lembra o contacto precoce, através das selectas, com a poética sensível e delicada do vate algarvio e o que representava para si a poesia, nesses tempos infantis pouco auspiciosos, à partida. Edição sem aparato técnico, fora do mercado, provavelmente de tiragem muito reduzida.
incipit - «Minhas senhoras e meus senhores: / Talvez eu não afronte muito a lógica se vos disser que a minha ternura por esta casa, por esta admirável casa onde nos reunimos hoje, principiou antes mesmo dela existir.»
ficha:
Autor: Ferreira de Castro
título: Chamou-se João de Deus Ramos, Exactamente o Nome Paterno
edição: [Museu João de Deus?; Jardim-Escola João de Deus?]
local: Lisboa
ano: 1972
impressão: omisso
págs.: 12
Que belo "incipit"!
ResponderEliminarMesmo sem conhecer o resto do discurso, acho que mesmo só para ouvir esta frase teria valido a pena estar lá...
Deve ter sido uma sessão calorosa e envolvente. A filha do JDR (e neta do J de Deus)estava presente.
ResponderEliminarAbraço