quarta-feira, 11 de junho de 2014

como sopro dum vento

«Procuro o que me pode consolar como o caçador persegue a caça, atirando sem hesitar sempre que algo se mexe na floresta. Quase sempre atinjo o vazio, mas, de tempos a tempos, não deixa de me tombar aos pés uma presa. Célere, corro a apoderar-me dela, pois sei quão fugaz é o consolo, sopro dum vento que mal sobe pela árvore.»

Sitg Dagerman, A Nossa Necessidade de Consolo É Impossível de Satisfazer (1955)
(trad. Paula castro e José Daniel Ribeiro)

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