Resistência a quê? À banalização, à grandiloquência, ao onanismo autocomiserativo, à prostituição da palavra e do sentido. A poesia basta-se na sua precisão e comunica-se apenas disso. Para Nancy, a poesia, degradada de sobresignificação, «pode perfeitamente encontrar-se onde não existe propriamente poesia.» Um curto ensaio, «Fazer, a poesia», esplêndido, e uma entrevista, «Contar com a poesia».
O melhor de tudo: «"Poesia" não tem exactamente um sentido, mas antes o sentido do acesso a um sentido a cada momento ausente, e transferido para longe. O sentido de "poesia" é um sentido sempre por fazer.» 4****
ficha:
Autor: Jean-Luc Nancy
título: Resistência da Poesia
tradução: Bruno Duarte
local: omisso
editora: Vendaval
ano: 2005
impressão: Tipografia Guerra, Viseu
págs.: 44
Sem comentários:
Enviar um comentário