quarta-feira, 4 de maio de 2016

Romancistas portugueses - Augusto Abelaira segundo David Mourão-Ferreira (1963)

Uma dúzia de linhas no volume I da enciclopédia Verbo. Abelaira publicara apenas dois romances e duas peças. David Mourão-Ferreira qualifica a obra como «inconsistente, reflectindo embora, de maneira fiel, certa desorientação de alguns sectores da adolescência contemporânea.»
Inconsistência, foi isso que senti ao ler A Cidade das Flores (1959), que no entanto causou um grande efeito no público leitor de então -- a acção decorre em Itália, no tempo do fascismo. A transposição para cá era óbvia.
Li, há muitos anos, O Bosque Harmonioso, que hei-de reler. Como cronista fui (e continuo a ser, nos recortes que tenho espalhados pelkos meus livros, as suas crónicas esplêndidas de Ao Pé das Letras, no JL, e o Escrever na Água -- grande título para a espuma dos dias da actualidade política, de grande lucidez e humor.   

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