quinta-feira, 24 de abril de 2014

leituras de 2014 - #22 FUTURISMO


Como obra geral de divulgação, dificilmente poderá haver melhor (e já nem falo do preço acessível e do bom papel): uma introdução competentíssima sobre o contexto histórico-cultural, uma cronologia selectiva, análise de cada obra segundo o mesmo critério, com frequentes confrontos com outros espécimes de correntes contemporâneas, recurso a documentação fotográfica. O único senão, no melhor pano, para a ausência de uma linha sequer sobre a autora.
Independentemente das ideias detestáveis de Marinetti (1876-1944), o Futurismo foi um dos mais influentes movimentos de vanguarda artística de há cem anos. O autor do primeiro Manifesto (1909) foi de tal maneira impetuoso e excessivo -- aqui, no melhor sentido --, que dificilmente poderia o Futurismo permanecer para além dele. Aliás, o Futurismo é filho da ciência e da técnica, do deslumbramento dos homens com a revolução que se estava a processar diante dos seus olhos e durante as suas existências, do automóvel ao aeroplano, das máquinas de guerra às criaturas mecânicas proto-robóticas. Dinamismo é uma das palavras-chave; e alguns dos membros do grupo foram artistas totais: da literatura às artes plásticas, do cinema à fotografia, da música à arquitectura e ao design. Com Marinetti surgem outros autores marcantes, entre outros, Giacomo Balla, Carlo Carrà, Luigi Russolo e, especialmente, a meu ver, Umberto Boccioni.   5*****

Ficha:
Autora: Sylvia Martin
título: Futurismo
tradução: André Macedo
colecção: [sem designação] #6
editora: Taschen / Público
local: Colónia
ano: 2005
impressão: omisso
págs.: 96

2 comentários:

  1. Tenho o livro :) Ouvi falar pela 1ª vez do Futurismo num Curso em Serralves com o Prof Fernando Pernes.

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