quarta-feira, 1 de março de 2017

Camilo Castelo Branco, algumas aparas

Que penso eu do Camilo?
Costumo dizer que ele vale por toda uma literatura. Está no mesmo patamar da poesia trovadoresca, do Camões, do Padre António Vieira, entre outros poucos. Isto é: podia a literatura portuguesa contar apenas com o CCB, e já poderíamos dar-nos por felizes.
Execrável criatura, imoral, porventura amoral, porém fisicamente corajosa. Demolidoramente sarcástico, violento até à bengalada.
Ideologicamente instável, menos reaccionário do que se supõe, oportunista no que fosse preciso.
Detractores, não creio que os tenha hoje, mesmo entre os que preferem o Eça. Já é um clássico.
Conheço-lhe a obra deficientemente (uns quinze títulos ou pouco mais), na proporção incomensurável que logrou alcançar, o suficiente, porém, para um juízo não muito erróneo.
Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco, freguesia dos Mártires, Lisboa, 16 de Março de 1925 -- São Miguel de Seide, Vila Nova de Famalicão, 1 de Junho de 1890), é um dos meus escritores.

2 comentários:

  1. Neste momento só me lembro de ter lido O Amor de Perdição e O Retrato de Ricardina...tenho de procurar outros livros dele

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    1. A escrita dele dissolve-se na boca como um vinho bom.

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