Tem alterado livros de contos e romances. Como praticante de xadrez, é o mesmo gosto pelas partidas longas e rápidas? Sim, é uma boa imagem. As partidas rápidas têm uma magia especial. No entanto, quando as analisamos com lentidão percebemos que se calhar fizemos algumas asneiras. É preciso um raciocínio fulgurante para em cinco minutos levar a bom porto uma partida. O romance, ou os longos jogos de xadrez, equivalem a construir uma grande catedral. Temos de equilibrar todos os aspectos do projecto. Continuando com as comparações, em linguagem enóloga, o romance tem um fin de boca prolongado. O conto, pelo contrário, tem a magia de se conseguir, em pouco tempo, criar um momento, um flash, um suspense, uma precisão.
Entrevista a Luís Ricardo Duarte, JL #1130, 22.I.2014
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