«A minha família só tinha senhores. Nenhuma das mulheres caíra na fraqueza de, em desespero de virgindade, casar já entradota com um funcionário público ou alguém que exercesse ofício ou profissão. Ou casaram com quem deviam ou aguentaram-se, heróicas, solteiras e castas até à morte. Às vezes tenho pena de não poder orgulhar-me duma mulher que tivesse disparado dali numa daquelas audazes e românticas fugas de heroína de folhetim. Se calhar, a província era uma espécie de Caiena só com mar e tubarões à volta de cada prisioneira.»
António Alçada Baptista, Tia Suzana, Meu Amor (1989)
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