«Como é que nós agarramos o passado? Será que o podemos fazer? Quando eu era estudante de medicina uns brincalhões no baile de fim de ano soltaram na sala um leitão que tinha sido coberto de gordura. O bicho corria por entre as pernas, escapava-se quando o tentavam agarrar, grunhia imenso. Alguns caíram ao tentar segurá-lo, e fizeram uma figura ridícula. Muitas vezes o passado comporta-se como o leitão.»
Julian Barnes, O Papagaio de Flaubert (1984)
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