«Ali, por África não é assim: uma casa é de todos: é um entrar e sair constante: é os amigos e os primos que vêm não sei donde e dormem por ali, em qualquer lugar. Mais do que uma vez fomos dormir um para cada lado, porque a não-sei-quem chegava da Holanda com os filhos e não tinha onde ficar. Em rigor, eu deveria admirar esta generosidade mas não: aquilo a que chamamos civilização é, em certa medida, um sucessivo perder de virtudes, às vezes uma acumulação de vícios.»
António Alçada Baptista, O Riso de Deus (1994)
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