os homens viessem com a boca cheia das aldrabices que os mais antigos lhes impingiam para se armarem em fortes.
-- A guerra aqui é como em todo o lado. Mas o melhor é esperares para veres, amanhã vais ter um bilhete na primeira fila -- adiantou para o soldado. Mudou rapidamente de conversa disparatando: -- Porque vieste para os comandos? Livravas-te de estares agora metido nestes apertos...
-- Nem sei bem, um bocado por acaso, estava na recruta e toda a malta se metia comigo por eu ser alentejano. O meu capitão sabe que é raro um alentejano vir para os comandos? -- e continuou: -- Gozavam comigo por eu ser assim miúdo, chamavam-me alentejano dum cabrão, mesmo os oficiais e os
Carlos Vale Ferraz, Nó Cego, Amadora, Livraria Bertrand, 1983, p. 25, ls. 1-12.
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